"Eu pensei em nunca mais deixar que me façam mal.
Mas eu estava lá para me por de pé a cada queda.
Não é a mesma coisa a cada segundo nada é igual.
Me sentir como um qualquer, como uma pedra.
Mas com pedras se constroem uma muralha, pense nisso
Pense assim e verá que o mundo é você quem faz,
Pudera eu ter a mesma sorte e o mesmo juízo,
E assim não ficar triste com a minha placa que diz "Aqui Jaz".
É como se cada dia fosse vivido um após o outro só esperando o que foi prometido.
E não corrido, não almejado, não lutado, como um ser incapaz.
Aí vem aquele turbilhão de ideias de que amanhã vai ser diferente.
E pra cada lado que olho só vejo meu dia passando vagaroso,
Nada se concretiza daquilo que um dia tive em mente,
E a manhã do outro dia vem, como um ser inescrupuloso.
Aquela mesma montanha está com altura dobrada.
Onde estão seus pés, para fazer diferente?
Estão aí, mas suas bases estão destroçadas,
Por algo que você julgou que ia ser.. diferente.
Cada linha, cada verso, cada parágrafo
Se torna um livro de minhas palavras intrépidas
A inescrupulosa linha do calígrafo
Simples e morta, à solitária vida se entrega.
Pudera eu ter a mesma sorte de estar aqui e aí ao mesmo tempo.
Pudera eu ter a paciência que estampa suas citações.
Pudera eu ser a mesma pessoa que antes.
Não se esqueça... A base não é a mesma, recrie-se..."
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