Te olho nos olhos e você reclama...
que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou,
e você,
Foi me tirando os espaços entre os abraços
guarda me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre
Não importava o que os outros dissessem
Até onde posso ir pra te resgatar?
Reclama de mim...
como se houvesse a possibilidade de eu me inventar denovo
Desculpa,
se te olho profundamente
Rente a pele.
A ponto de ver seus ancestrais em seus traços
A ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos
Eu não vou separar as minhas vitorias dos meu fracassos.
Eu não vou renunciar a mim,
nenhuma parte,
nenhum pedaço.
Do meu ser,
vibrante,
errante,
sujo,
livre,
quente
Eu quero estar vivo
e
permanecer
te olhando profundamente...
Ana Carolina -